segunda-feira, 17 de maio de 2010

Perhaps.


É... Talvez eu goste de ficar falando besteira contigo, talvez seu sorriso seja o único que eu gosto e seu abraço o único que realmente me aquece. Talvez o dia  fique com cores quando você esta perto, talvez o cinza saia e os passarinhos cantem.  Talvez você seja aquarela e eu pincel, e talvez com você as coisas sejam mais vivas, mais alegres. Talvez eu goste quando você me irrita, e goste da sua risada ao me ver vermelha. Talvez eu goste da sua cantoria ao pé do ouvindo, e desse seu jeito que não ta nem ai pra nada. Talvez eu precise de você, e talvez eu realmente queira que o pra sempre exista, mas só se você fosse o meu para sempre. Talvez eu fique verdadeiramente triste quando não te vejo e talvez eu sempre te espere voltar. Talvez você tenha feito um acordo com meu relógio, pra ele parar de funcionar.  Talvez eu não queira lembrar de você a cada minuto, e pense ainda mais a cada segundo. Talvez você seja minha confusão mais linda, a única pessoa que me faz sorrir de verdade. Talvez você seja a minha ilusão mais real, a única que eu ainda insisto em acreditar. É... Talvez, mas só talvez, eu te ame mesmo, e talvez seja isso o que me faz viver.

terça-feira, 11 de maio de 2010

My little lighthouse.


Então venha aqui e pegue minha mão, vamos dar rodopios no vento e sorrir como se nada mais importasse. Vamos ser rei e rainha do nosso próprio reino, com um forte de areia para protegê-lo.

Seremos felizes assim, como na terra do nunca, onde tudo é mais real. Venha, me dê à mão. Confie em mim. Sou tua amiga, tua rainha. Vamos renascer todo dia com cada pôr-do-sol e dormir com a sinfonia da noite. O mundo pode ser perfeito se quisermos.

Acho que preciso de você agora, como o ar que respiro, então não me deixe asfixiar. Seja o rei desse meu reino de magia, seja meu pôr-do-sol mais bonito, meu compasso das ondas. Estou contando com você, venha ser meu par.

Porque esse ímpar não ta sendo mais tão feliz, ele é frio; venha ser meu calor que eu te ensino a dançar e assim navegaremos nesse infinito mar, deixe esse seu sorriso ser nosso farol. Só basta você me dar a mão, mas não estale os dedos que é pra esse sonho não acabar.

domingo, 9 de maio de 2010

Memories.


Hoje a saudade me visitou e trouxe consigo varias lembranças: fotos, flores, bilhetes, todo o nosso antigo universo. O que mais me abalou foi seu cheiro, ele se manteve intacto nas lembranças; me envolveu, me embriagou... Era como se você ainda estivesse aqui me abraçando, beijando meu pescoço e sussurrando as mesmas besteiras de sempre. 

De repente eu estava de novo na nossa casinha de lençol abraçada contigo, sentindo teu cheiro e tentando me aquecer do frio depois da nossa guerra de balões d’água. De repente eu estava ali naquela praça, vendo o pôr-do-sol, enquanto você puxava meu rosto delicadamente e me beijava, pela primeira vez.

Eu só queria mais uma valsa, mais um dia ou mais algumas horas com você. Eu só queria poder te dizer todas aquelas coisas que guardei pra mim, que tentei te falar apenas com meu olhar e que, infelizmente, não sei se você entendeu. Eu só queria ter você novamente sem que no minuto seguinte percebesse que foi tudo mais uma peça da saudade.

Eu só queria você ainda precisasse de mim, da mesma forma que ainda preciso de você. Eu não mudei as chaves das portas e a janela continua aberta; eu ainda espero por você, ainda guardo seu lugar na minha vida, mesmo sabendo que você não vai voltar.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Undirected.


Ela tirou seus sapatos, com eles não mais podia ficar; juntamente das meias e de um velho colar. Eles lhe traziam lembranças as quais ela não queria se lembrar... E assim seguiu a estrada: sem sapatos, meias, colar ou lembranças.

Ela estava aqui, estava ali, em todo lugar. Alimentava seu coração com o vento frio e queimava velhas cartas para aquecer-lhes as mãos. Não sabia ao certo onde estava indo, mas não estava perdida; não estava mais perdida em si.

Ela ainda caminha, sem ter morada fixa; não sabe o que quer, mas sabe bem o que não quer. Não quer mais aquele sentimento que certa vez a deixou perdida, sem uma bússola, sem direção. O vento frio que alimentava o seu coração a deixou fria, porém encontrada; nesse seu mundo sem eira nem beira. Agora ela também é escuridão.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Frio.

O gelo vem e me invade,
com cara de quem quer ficar;
às vezes isso me incomoda,
mas já não me importo mais.

Apenas hoje.

 Como podemos estar tão distantes...
se apenas metros nos separam
como podemos estar tão icomunicáveis
com todos os meios de comunicação

Como eu posso estar tão fria
nesse verão que grita
e como eu posso não me importar
se ainda penso em te encontrar

Porque esses dias tem sido preto e branco
monocromáticos... sem graça
e hoje com esse céu que chora
sinto meu coração chorar também

Hoje e apenas hoje
queria ter alguém para poder ficar abraçada
acho que meu ursinho já cansou de mim
e eu já cansei de me sentir assim.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pra quê?

Há um tempo atrás, roubaste meu coração e em troca me deste o 'dom' de escrever. Bem, de inicio eu achava a troca muito justa. Quão iludida eu estava... Pensei "ele quer meu coração e vai cuidar bem dele", eu realmente não sabia que você não é e nunca foi homem suficiente para ter algo tão valioso assim.

Nos primeiros dias regaste meu coração com doces ilusões, com palavras bonitas e com promessas para um futuro em que permaneceríamos juntos. Meu coração se sentia feliz e então senti vontade de usar esse tal dom de escrever que me destes, não precisou de muito para que eu me apaixonasse por ele.

Escrevia as coisas mais lindas e amáveis para você, e se quer pensava em cansar. Escrevia por prazer, por amor. Sim, eu amava você. Mas você acorrentou meu coração e o jogou em um rio, nem se quer se importou com os gritos sufocados dele, nem se quer olhou para trás ou pensou em mudar de idéia. Você se mostrou o homem de gelo, a indiferença em pessoa... E eu continuei a escrever.

Eu não entendi por que você fez aquilo, porque matou todas as promessas... Meus textos continuaram lindos, dizem que pra ser um bom poeta só basta ser triste... Eu me sentia uma poetiza nata, já que mais triste não tinha como ficar. Eu te amei e te esperei, em cada entrelinha de cada rabisco que eu fiz; respirar doía, tudo em mim doía, sua ausência quase me matou. Mas aos poucos meu sentimento foi morrendo, e com ele foi morrendo também uma parte de mim. Fiquei fria, sem amor; já estava sem coração mesmo, não fazia diferença. A única coisa que eu amava era o dom que você me deu. 

Finalmente chegou a hora em que o meu sentimento por você morreu de uma vez, você foi embora de mim. Feliz? Teria sido, se você não tivesse levando consigo esse meu único amor; você matou meu coração, meus sentimentos e, como se não bastasse, levou consigo a única coisa boa que você realmente me deu, meu dom de escrever. E agora eu te pergunto, pra quê?

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Tava limpando minha pasta, encontrei esse velho texto e me deu vontade de postar; ele faz parte de uma série de coisas as quais não vou esquecer. Enfim ;*

sábado, 1 de maio de 2010

Amor à moda antiga.

 O amor de antigamente é tão bonito... Não se precisava de muito para amar, não era necessário outdoors ou grandes feitos para provar que realmente se amava, amar era simplesmente amar. Era um amor mais inocente, com mais respeito; um amor de olhares, de pegar na mão. Não se via grandes dramas ou dr's constantes; o amor não era tão mal inventado como o de hoje. Promessas eram cumpridas, pois a palavra era lei. O impossível quase não existia, com o tempo, espera e confiança tudo era possível. Quantos casais de antigamente sobreviveram a grandes problemas? A guerras, distância, falta de comunicação, solidão... A saudade chegava a aumentar o sentimento e as cartas o alimentavam. Não é como hoje que uma hora sem noticias já é motivo de briga, de desgastes. Hoje a palavra perdeu grande parte do seu valor... Promessas são quebradas, esperanças, confiança e expectativas também. O pra sempre, sempre acaba, mas nem sempre foi assim. Por isso que quando olho pros meus avos e escuto velhas histórias dos seus tempos de mocidade é que vejo que não se ama mais como antigamente. Aquilo sim que era amor...