terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sorriso nos olhos.


Agora me pego sorrindo e acho graça; acho graça me ver feliz assim. Houve tempos, não muito distantes, que eu andava tão triste... Era de da dó. E olha só agora! Saio distribuindo flores e sorrisos pelas ruas, risos pela madrugada, abraços ao amanhecer. São teus olhos, esses teus olhos que sorriem para mim antes que tua boca faça o mesmo. Eles me alegram sabia? Da mesma forma que me arrepiam essas tuas mãos na minha cintura, na minha nuca, no meu rosto. Me fazendo carinho enquanto teus olhos olham os meus de um jeito tão terno, tão lindo, tão como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo. É tão lindo, tão lindo que os fecho, para que os teus também se fechem e então tua boca, junto a minha, eternizam esse momento. Um beijo seu e eu vou só pensar em você...

sábado, 25 de dezembro de 2010

And it’s you when I look in the mirror.

O bastante.

As vezes não é preciso nada além de um olhar, de um abraço apertado, do breve espaço de tempo entre meu sorriso e tua respiração. As vezes não preciso de nada de mais, nada além do que tenho tido. Gosto tanto desse teu jeito todo surpreso de me olhar nessas tantas vezes que somos tão iguais, gosto de como me toma em seus  braços e faz meu mundo todo caber nesse teu abraço. Gosto tanto que emudeço, te olho, te fito, me encontro. Muitas vezes não preciso que digas palavra alguma, mas ainda assim dizes coisas tão lindas; é tão lindo esse teu jeito comigo e quando você me canta sussurrado... Por instantes me esqueço de tudo, faço desse tempo contigo meu mundo, me perco novamente, mas de um jeito tão encontrado, tão certo. E ainda é tão cedo, tão cedo pra tudo, pra coisa alguma, mas ao mesmo tempo é tão bom, tão encantador, tão aconchegante, tão como se já fosse assim há muito mais tempo, que se torna quase impossível não me querer nos teus braços de novo. 

We'll shine like stars in the winter light.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Faz sentir.


Não precisa entender, nem tentar entender, é só se aproximar e ver mais de perto. É só abraçar sem perguntar, e olhar nos olhos e ver e sentir e fazer sentir. Apenas me faça sentir. Sem perguntas, sem dúvidas, sem aquela vontade de desvendar algum mistério. Não desvende nada... Deixe o mistério misterioso agir sorrateiramente, como sempre. Fique perto, sempre. Porque quando ficas longe algo muda, algo sempre muda, e dessa vez não quero que nada mude. Não se mude de mim. Me deixe muda, quietinha, sentindo sua respiração, seu coração bater e seus dedos, carinhosamente, entrelaçarem no emaranhado do meu cabelo. E então, como que por pirraça, dedilha no teu violão, daquele teu jeito bem profundo, todas aquelas canções que fazem com que nossos corações fiquem aquecidos, batendo junto, no mesmo ritmo, como que se dai tudo começasse a fazer sentido.

Como ácido.

Dizem que pequenas doses de futilidade não fazem mal a ninguém, mas quer saber a real? Faz sim. É como um ácido, daqueles bem fracos, aparentemente inofensivos... Eles corroem. Corroem aos poucos, mas corroem. E quando você vai ver a coisa ta feia; lá se vai tantas coisas lindas que tinha dentro de si, coisas realmente importantes. Aos poucos vai restando nada, nada bom. E o que não pode ser destruído vai sendo drasticamente modificado.

E lá vai tudo ficando fútil. Não é tabu não, é verdade. Às vezes tudo começa com uma pequena frase: "desculpem os feios, mas beleza é fundamental". Pronto, sua dose de ácido. Você nem percebe, mas logo você começa a ser bem fútil do tipo que só quer saber de rosto bonito e corpo sarado. E o que há por dentro meu Deus? Onde fica? Bem, não fica. É deixado de lado. O essencial se torna fútil, o mundo fica de ponta cabeça.

Outra coisa que dizem é que a vida pode ser bem irônica, porém, diferente da primeira afirmação, essa é verdadeira. Todo mal tem seus benefícios: você quebra tanto a cara sendo fútil que finalmente cai na real. O problema de corações partidos muitas vezes são essas doses homeopáticas de futilidade que se tornam remédio controlado. Por isso que amor é coisa rara, em tempos que a aparência tem mais importância, o essencial é deixado para trás. E dizem que tudo isso é muito complicado, mas que nada, tudo é tão simples, Exupéry mesmo disse: "O essencial é invisível aos olhos". Acredite, é mesmo.  

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Tentando acabar com minhas próprias doses, muitas vezes nada homeopáticas, de futilidade. E como é difícil... Santo dios.

Se for embora, leve um sorriso meu.

Au revoir.


Obrigada, muito obrigada por ter ido. Obrigada por todas as palavras não ditas, pelas promessas quebradas, pelos momentos que não vivemos por sua causa, obrigada também por ter feito questão de matar todo esse sentimento que eu tinha por ti. Espero mesmo que sejas muito feliz com essa nova. A unica coisa boa de estar com alguém totalmente errado pra você é que você vê como alguém certo faz falta, você me fez ver isso. Acho que realmente precisava do seu ultimo feito para seguir em frente: ver que você já ta seguindo. Agora  estou livre de todo esse sentimento que me aprisionava, que me fazia matar qualquer coisa boa que começasse a surgir por outro alguém, sentimento tal que me fazia não querer mais nada, ficar cega pro mundo e só ver você. Estou livre para ver as tantas coisas lindas que se apresentam para mim, as tantas novas melodias e possibilidades. Você escolheu ir embora e, finalmente, consegui ser inteligente o suficiente para te deixar ir do único lugar que ainda estava impregnado... Dentro de mim.

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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

(in)Decisão.


Cara ou coroa? Eu simplesmente não consigo escolher. Shit.

Nessas horas acho que seria bom ter uma terceira opção... 

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

É estranho não te contar meus planos.

Nostalgia boa.


Nada de novo acontece, pelo menos nada relativamente grande que mexa com cada estimulo nervoso do meu corpo. Eu continuo estática, com essa minha mente que viaja através do tempo e do espaço, por isso fico assim... Nostálgica. Hoje estou, especialmente, nostálgica. Já relembrei tanta coisa, tanta coisa que já tinha pseudo morrido na minha memória, tantas pessoas lindas que conheci... E os momentos? Bem, revivi ótimos momentos na minha mente hoje. Teve tanta beleza que por instantes me vi encantada. Foi bom relembrar tudo isso, não sei bem o porque, mas foi. E agora vou dormir, com essa minha cabeça cheia de memórias, fresquinhas, fresquinhas, que nem pão assim que sai do forno. Uma parte de mim quer reviver tudo isso, acho que é essa parte que me faz ter sonhos bem bonitos quase todas as noites. Como esse que sinto que vou ter agora.

I'm listening to the song we used to sing in the car, do you remember?

domingo, 19 de dezembro de 2010

Eu só sei que amei, que amei, que amei, que amei.

A cada natal.

O sino soa do alto da catedral, tão alto e majestoso, que até os surdos se fazem ouvir. É quase natal.

Faz frio, mais frio do que em qualquer época do ano. É como se fizesse parte do ritual de passagem, ritual esse que todos esquecem - ou quase todos. A maior preocupação são os presentes: o que vai ganhar, o que vai dar para as crianças ou vai trocar em um amigo secreto. As famílias sentam-se em uma mesa farta, todos conversam, riem, se esquecem... Se esquecem que logo ao lado, do lado gélido do cenário, há pessoas, muitas pessoas, sem belíssimas roupas, sem banquetes, quase sem nada na verdade. Há pessoas comemorando seu próprio natal, tão solitário quanto suas barrigas vazias há dias por falta do que comer. Do lado aquecido eles são indiferentes e realmente se esquecem dos solitários e invisíveis famintos, das crianças que choram de fome, choram de desesperança e se perguntam o porque do papai noel nunca apareceu para elas. Não sentem nem o calor, nem o conforto tão essencial nessa época do ano. Para eles não existe natal.  

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Você ver quem, pra você, é realmente um amigo quando tem que sair para algum lugar de ultima hora e conta nos dedos quem você gostaria que fosse contigo.

E flutuou no ar como se fosse pássaro.

Sem hesitar.


Vai, tenta. Mas tenta sem medo, sem esse medo estúpido de não da certo, de não ser a hora certa ou não ser a coisa certa a se fazer. Apenas tenta. Sem ficar imaginando mil e uma coisas sem lógica, mil e um diálogos, mil e uma formas disso se auto destruir. Sabe… Tentar é importante, é como se você desse uma chance de acontecer algo novo e bom na sua vida. Então fecha os olhos, se joga de cabeça, deixa que as coisas aconteçam.

I'll erase the memory.

Já estamos longe um do outro, longe o bastante. Estou quase voando pela estrada a fora e tento não pensar... Em nada. Olho pelo retrovisor e não consigo mais te ver. E não vou voltar, não mais. Te falei isso, lembra? Acho que não... Você nunca foi muito de escutar algo ou de se importar. Tudo poderia ser diferente agora e, se fosse, eu não precisaria fazer esse grande esforço para conseguir te apagar da minha agenda telefônica, apagar as mensagens, as fotos, algumas músicas. "Tudo é relativo quando te fazer feliz me faz feliz". Isso não acontece mais e pra falar a verdade, fazia tempo que isso não era assim, tentar te fazer feliz não me deixa mais nem um pouco feliz. E como te disse, usando um texto de Caiozinho (ou Caio F., como preferir), não darei mais nenhum sinal de vida. E é isso, vou te esquecer. Na verdade, eu já deveria ter te esquecido, há muito tempo. Não sentir deveria ser tão simples quanto dizer que não sente. Mas a partir de agora as coisas vão ser diferentes, vou ignorar os estímulos, vou ignorar as batidas urgentes do meu coração, vou ignorar o que não sinto por outros. Só tentarei não pensar, ignorar tudo de ruim, e ser feliz - nem que seja só por diversão. Então desligo o carro na garagem, jogo as chaves em uma mesinha qualquer e deito no sofá, fico assistindo qualquer besteira na tv só para treinar meu riso, meu riso que agora será o hino dessa minha nova fase. Nessa outra vida sem você nela. E como já disse, pelo menos meio milhão de vezes, eu vou te apagar da memória. Adiós.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Espera.


Bem hipoteticamente se existe uma pessoa para cada pessoa desse mundo, e se a pessoa, a minha pessoa, existe, sim, se você existe em algum lugar que não faço idéia de onde seja e ler todas as baboseiras que eu, por ventura, escrevo, saiba... Estou esperando por você. Sempre estive, na verdade, e acho que você não é nenhum daqueles que eu já pensei que fosse. Estou te esperando, mas de uma forma diferente. Não te espero mais com o desespero e urgência de antes, não é como se eu acreditasse que você vem pra salvar a minha vida, pra salvar-me de mim mesma. Não é mais assim... Eu simplesmente te espero. E caso você esteja lendo isso, não se apresente, não me diga que leu ou que já chegou. Apenas chegue, apenas me deixe ler tudo em seus olhos, apenas me faça sentir. Chegue, segure minha mão, me olhe nos olhos e me faça tocar as nuvens, me faça ter a certeza que é mesmo você. Faça com que todos os dias sejam como a primeira vez. 

Temporada dos risos.


Dizem que quando se quer - quer de verdade - fica-se feliz. É como se com muita força de vontade consegue-se ser feliz. Pra falar a verdade, eu nunca coloquei muita fé nisso, sempre achei uma teoria meio boba. "Ah, se fosse assim todo mundo seria feliz no mundo", eu pensava. Mas dude, sabe o que aconteceu? Um dia desses eu disse a mim mesma "chega, agora vou ser feliz". Tinha cansado de ficar tão triste; comecei a querer que as coisas ficassem mais simples, mais leves, menos complicadas. E sabe... acontece que me peguei sorrindo sozinha, por uma coisa tão boba que nem me lembro mais o porque. E foi ai que eu vi que essa teoria de boba não tem nada, que é verdade sim. 

Quer mesmo ficar feliz? Você fica. E é uma felicidade tão boa, uma felicidade que não depende de terceiros, que é uma coisa entre você e você. É tão intimo. Para ficar feliz não se precisa de muito, é só começar a ver as coisas por outros ângulos, ver a beleza, ver a vida, o amor. Nas coisas mais simples possíveis. E quer saber o melhor de tudo? É que desde então me peguei rindo, me vi alegre, uma porção de vezes. E viva à temporada dos risos.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Such a perfect day.


Além de tudo isso, bem no infinito horizonte, eu posso ver. O céu esta azul, tão azul... De um anil magnífico. O sol não está mais nos agitando, como quem pede guerra, ele esta terno, brando, uma enorme bola amarela - que nem gema de ovo - na imensidão do céu azul, bem azul... Strawberries por toda parte, um trilhão deles... Como um campo enfeitando a vida. E eu estou bem no centro disso, onde o mundo gira mais de pressa, onde a vida não espera, só é bela, bela, tão bela... O vento balança os cabelos, que dançam, brilham com o sol. E meu rosto se ilumina, que céu lindo! Agora ele fica rosa, laranja... Tão colorido... Agora eu sinto, uma imensidão de sentimentos que agitam meu sistema nervoso, adrenalina para os meus olhos, que tudo vêem: cores, movimento, vida! No finito tempo de um segundo, o mundo orbitou diferente, tudo ficou infinitamente diferente e ninguém viu. Mas eu senti, eu vi, é fácil de ver. Quando fecho os olhos consigo sentir o cheirinho de morango no ar, nesse ar limpo, com esse lindo céu, azul, anil, chiclete. É como um arrepio fino na pele, que percorre o corpo todo.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Apenas vem.


Por favor, vem e me faz desistir dessa idéia estúpida de desistir de sentir algo de novo. Vem e me faz ver que sentir é bom, que sentir é lindo e indolor. Vem e faz meu sorriso surgir no meu rosto de novo. Isso, vem… E realiza essa minha vontade insistente e constante de ser feliz.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Don't go.


Me abrace, sem pressa, tenha calma, essa noite ainda demora a acabar. A lua ainda brilha no alto do céu - bem acima de nossas cabeças -, os primeiros raios do sol vão demorar um pouco para surgir. Please… Não fale mais nada, nenhuma desculpa esfarrapada. Eu já entendi, é tudo muito complicado, o mundo não é um lugar fácil, principalmente para aqueles que já precisam ir embora. Mas escuta… Não vá! Não antes de falar tudo aquilo que teus olhos gritam para mim toda vez que me fitam. Você não pode mais esconder querido, já sei de tudo, já conheço esse segredo que eles tanto suplicam para que você conte e você nada diz… Então deixe-me simplificar as coisas: eu quero você. Sim, é você meu benzinho. E eu não quero ter que dizer goodbye. Não agora. Você deu o sopro de vida que meus olhos suplicavam, como um oásis em pleno deserto, nesse deserto de almas. Você não pode ir agora, não antes de roubar meu fôlego de mim, antes de me descompassar, antes de fazer com que o mundo suma, desapareça, e fique apenas nós dois.