domingo, 19 de dezembro de 2010

I'll erase the memory.

Já estamos longe um do outro, longe o bastante. Estou quase voando pela estrada a fora e tento não pensar... Em nada. Olho pelo retrovisor e não consigo mais te ver. E não vou voltar, não mais. Te falei isso, lembra? Acho que não... Você nunca foi muito de escutar algo ou de se importar. Tudo poderia ser diferente agora e, se fosse, eu não precisaria fazer esse grande esforço para conseguir te apagar da minha agenda telefônica, apagar as mensagens, as fotos, algumas músicas. "Tudo é relativo quando te fazer feliz me faz feliz". Isso não acontece mais e pra falar a verdade, fazia tempo que isso não era assim, tentar te fazer feliz não me deixa mais nem um pouco feliz. E como te disse, usando um texto de Caiozinho (ou Caio F., como preferir), não darei mais nenhum sinal de vida. E é isso, vou te esquecer. Na verdade, eu já deveria ter te esquecido, há muito tempo. Não sentir deveria ser tão simples quanto dizer que não sente. Mas a partir de agora as coisas vão ser diferentes, vou ignorar os estímulos, vou ignorar as batidas urgentes do meu coração, vou ignorar o que não sinto por outros. Só tentarei não pensar, ignorar tudo de ruim, e ser feliz - nem que seja só por diversão. Então desligo o carro na garagem, jogo as chaves em uma mesinha qualquer e deito no sofá, fico assistindo qualquer besteira na tv só para treinar meu riso, meu riso que agora será o hino dessa minha nova fase. Nessa outra vida sem você nela. E como já disse, pelo menos meio milhão de vezes, eu vou te apagar da memória. Adiós.

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