quarta-feira, 28 de julho de 2010

Silêncio.


Houve silêncio... Daqueles ensurdecedores, que incomodam, que prendem seu grito na garganta e a deixa engasgada, daqueles onde tudo fica abafado demais, e por isso chove... Esse silêncio que sempre vêm após uma noticia ruim, depois de passar um vendaval e nele você ver tudo se ir, tudo caindo, teto sobre o chão. Você disse com palavras curtas, leves, simples. Não parecia algo importante ao seu ver, pelo menos não importante o suficiente para que eu me importasse... Foi exatamente assim: palavras, vento, vendaval, folhas voando, teto caindo, silêncio e chuva. Você não entendia o porque de tanta chuva, de tanto caos. E eu, como sempre, me deixei ficar muda, por esse silêncio, não conseguir dizer com palavras o quanto queria você, o quanto precisava de você aqui, o quanto não queria que você fosse embora... Você me olhava como quem tenta desvendar um grande mistério, e eu gritava por dentro, a cada batida do meu coração, todas aquelas coisas que nunca pensei que precisaria te dizer.

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