sábado, 10 de julho de 2010

The lady in white.


Em um Baile, era onde estava... Daqueles de máscaras e fantasias, daqueles que ninguém é o que aparenta, são apenas máscaras... Ela não estava no centro do salão, como as demais moças e seus pares, dançando, bailando, aquela velha valsa que tanto ouvira. Não, ela estava no jardim, olhando tudo aquilo de fora, por aquela vidraça de mosaico, não via as formas bem definidas, mas via vultos se movimentando, pessoas dançando. Por um instante ela parou de olhar, agora ela estava sentada a beira de um pequeno chafariz, vendo a linda lua no espelho d'água. Ela e a lua, refletidas, as duas damas de branco daquela noite, de máscaras, de dança, de escuro... Elas não, elas eram clarões, a lua com as estrelas e ela com sua mascara branca e seu vestido perolado. Por um instante ela não viu mais nada, não ouviu mais nada, além do barulho dos grilos, e do seu reflexo ao lado do da lua. O baile da natureza. O vento começou a soprar, ela sentiu-se puxada e ficou de pé. Não estava assustada, como os olhares curiosos vindos de dentro do salão, do outro lado da vidraça. Ela agora dançava, ria e encantava, encontrou seu par, o vento frio da noite, o vento frio que a fez ficar em pé e que a guiou pela valsa lenta da noite. Agora não se via mais nada, apenas o pequeno espelho d'água que refletia a dama de branco, com a vida, dançar.

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